terça-feira, 10 de junho de 2014

Primeira Impressão


Estamos em clima de Copa do Mundo. Destaque na mídia de forma mais intensa que em outras edições. Óbvio: é no Brasil. Em um Brasil dividido. Uns realizados por este evento acontecer em nosso país. Outros revoltados provocando protestos e greves Brasil afora, inclusive com movimentos nas redes sociais. Mesmo morando distantes das sedes dos jogos, essas situações adversas nos levam a refletir sobre nossa concepção sobre a realização da Copa do Mundo no Brasil.
Abaixo um texto, de Túlio Milman, que nos permite linkar o assunto Copa do Mundo com  o nosso conteúdo das aulas anteriores: valores e ética. Leia com atenção. Reflita e poste o seu comentário.


A PRIMEIRA IMPRESSÃO
Era um dia de calor escaldante em Madri. Eu tinha acabado de desembarcar. Mochila nas costas e pouco dinheiro no bolso. Deixei a bagagem no albergue e saí pra caminhar.
Entrei em um bar e pedi uma cerveja. “Qual?”, me perguntou o garçom. Eu não conhecia pos rótulos locais. “Me ajuda”, pedi, cheio dos meus sotaques.
Estava no balcão cerveza daqui e pensando em Dalí, quando um nativo, sentado na mesa ao lado, me perguntou: “Pediste essa marca?”
Não”, respondi. Ele estava com um amigo. Madrilenhos batendo papo num par. Mal terminei de responder, os dois chamaram o garçom. E deram uma baita bronca nele.
Foi aí que fiquei sabendo: estava bebendo a cerveja mais cara da Península Ibérica. Pediram outra mais barata pra mim e me convidaram pra sentar. Ficamos ali horas, comendo tapas, entornando Estrellas e falando sobre a vida.
Na hora de pagar a conta, eles não deixaram. “Para que o nosso amigo brasileiro não fique com uma má impressão dos espanhóis.” Fui de volta pro albergue adorando o país. E adoro até hoje.
Milhares de turistas estão desembarcando em Porto Alegre nesta semana. Desejo que eles sejam tratado com carinho e respeito. Não porque vão comprar nas nossas lojas e gerar empregos.
Eu quero, com todas as minhas forças, que nossos hóspedes saiam daqui com uma boa impressão dos gaúchos. Para que um dia, quem sabe, a gente leia uma história como esta em algum outro jornal do planeta.
E isso não depende da Fifa, da Dilma, do Tarso ou do Fortunati.

Leia também Desculpa, Giovana, mas eu não consigo e Copa das Copa (de Giovana Sartori)


Bom trabalho! (lembrando da nossa combinação: toda opinião precisa de um bom argumento)
Profe Marlete

 

9 comentários:

  1. Achei o texto muito bom, pois passa a lição de que devemos acolher, assim como queremos ser acolhidos.

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  2. Augusto e Vítor #énois11 de junho de 2014 às 11:44

    O texto é bem real, conta um fato. Porém, mesmo sendo muito bom para uns, nós achamos que é um texto meio sem sentido e sem fim exato.

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  3. É uma crônica que conta a história de um brasileiro que foi para outro pais e foi "logrado" pelo garçon e uns homens que estavam no restaurante o ajudaram, o informaram. E este é um bom exemplo para os brasileiros serem assim tambem. Não querer lograr os outros países mas ajudar os que estejam vindo.
    O texto enfatiza valores como:
    - honestidade
    -respeito
    -humildadede
    -inclusão

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  4. Esse texto mostra que ainda existe pessoas com valores eticos no mundo.
    Gostei da atitude dos madilenhos pois existem poucas pessoas com etica,valores e respeito ao proximo.

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  5. A gente acha que devemos fazer o mesmo quando as pessoas vierem ao Brasil.

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  6. Gostei muito do texto. Por que o que os espanhóis mostraram é um sinal de ética, valores, honestidade e eles poderia ter deixado ele sozinho e nem ter dado bola para o homem brasileiro mas eless nao fizeram isso.

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  7. é uma atitude que demonstra honestidade, ética, valores e em primeiro lugar respeito com os demais.

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  8. Eu achei o texto bem interessante, há presente vários valores. O texto é ótimo para refletir sobre o comportamento de muitos brasileiros que estão tratando mal muitos turistas. A atitude dos madrilenhos foi a que queremos que os brasileiros tenham durante a copa aqui no Brasil. - Bruno Motta Becker 8ª/A

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  9. Gabriel Welter Hartmann17 de junho de 2014 às 16:08

    Mesmo não convivendo com a realidade de receber os turistas, podemos aprender a lição de que devemos acolher assim como gostaríamos de sermos acolhidos. O texto remete também à questão da imagem de um povo, que não é culpa apenas dos superiores se uma nação é mal vista, é culpa de cada um que não fez a sua parte, e de alguma forma lesou visitantes.

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